Criatividade... Esta é a principal característica para uma sala de aula ser agradável e produtiva. Este espaço é reservado para ideias de atividades de arte para a sala de aula e para o laboratório de informática.
O símbolo da reciclagem: este é o símbolo perfeito para a conclusão da disciplina de Planejamento Educacional em Artes Visuais. Um símbolo completo, com setas que mostram a ideia de um círculo que está sempre em movimento, indo e vindo, concluindo e recomeçando.
Penso que a prática pedagógica deva estar baseada neste símbolo, pois devemos nos reavaliar a todo momento, rever nossas práticas, reestruturar as formas de dar aulas...
A experiência de trabalhar com arte foi ótima. Pude perceber que os alunos compreendem muito mais dom que esperamos. Não podemos subestimar os alunos só porque são pequenos. Com a turma de quinta série que apliquei meu planejamento em artes pude perceber que a compreensão deles era muito maior do que esperava, pois estabeleceram relações temáticas entre as obras muito interessantes. Atrevo-me a dizer que maduras para a idade deles. O que mais marcou, no entanto, foi o prazer que percebi ao propor a atividade prática. Era possível sentir a felicidade que tinham e produzir algo, em ter a oportunidade de criar algo novo. Penso que esta “criação”, aliada com os momentos de fruição e apreciação estética contribuirão para a formação do aluno como um todo, cumprindo assim, o objetivo primordial da arte educação: a contribuição para a formação da personalidade do indivíduo.
Justificativa do trabalho: Meu planejamento foi baseado no pedido da professora da turma. Ela estava realizando um projeto sobre Picasso e pediu que falasse com os alunos sobre Guernica. Como achei que seria muito mais produtivo falar sobre outras obras de Picasso e também sobre alguns aspectos de sua vida, fui adiante. Contudo pensei em relacionar obras mais antigas, por assim dizer, com uma arte mais “contemporânea”, com uma linguagem diferente: um curta metragem do porte de Ilha das Flores. Minha intenção foi trazer a denúncia e crítica social em obras de arte diferentes para mostrar que a arte não é só beleza ou apreciação, mas um instrumento de comunicação e de crítica.
Objetivos: • Apresentar imagens que representem denúncias sociais; • Realizar a leitura estética de obras de Pablo Picasso; • Reconhecer o cinema como arte visual; • Estabelecer relações entre a tela Guernica e o documentário Ilha das Flores; • Representar uma imagem utilizando formas geométricas.
Desenvolvimento: 1.° dia – 28 de junho, dois períodos Apresentação do documentário “Ilha das Flores”. Exploração do conteúdo do filme: “Qual a temática do filme?” “Que tipo de linguagem é utilizada para a apresentação dos personagens?” “Este documentário faz algum tipo de crítica? Qual?” Após a exploração, solicitar aos alunos que produzam flores utilizando quadrados e retângulos cortados em papel colorido. Dentro desta flor, descrever com uma palavra que tipo de crítica social está sendo feita no documentário. Concluídos os trabalhos, os alunos irão montar um painel com as flores montadas.
2.° dia – 05 de junho, dois períodos Serão expostas as seguintes imagens de Pablo Picasso: 1. A bebedora de absinto – 1901 2. A vida – 1903 3. O moço do cachimbo – 1905 4. A família de saltimbancos – 1905 5. Les Demoiselles d'Avignon1907 6. Dora Maar com Gato 1941 7. Guernica 1937
Organizando as obras em uma linha do tempo e explicando a vida de Picasso, a turma irá visualizar as distintas fases da obra do artista. Também será explorada a principal característica das obras: o cubismo. Explicado isso, os alunos irão desconstruir uma gravura de revista – que a professora disponibilizará aos alunos – e eles deverão recortar em pequenos quadradinhos e retângulos e reconstituí-la formando uma nova imagem. Esta imagem terá características semelhantes ao cubismo.
3.° dia – 8 de junho, um período de 45 minutos Expondo novamente uma imagem da obra “Guernica”, os alunos irão realizar uma apreciação estética da obra, devendo observar linhas, cores, formas e a temática da obra. Feito isso, a professora explicará sobre a temática da obra e o objetivo de Picasso ao criar Guernica. Feito isso, os alunos deverão estabelecer uma relação entre “Ilha das Flores” e “Guernica” sendo estimulados pela professora a refletir sobre a principal característica das obras de arte modernas e contemporâneas: o compromisso em realizar uma denúncia social. Finalizar a aula com a exposição dos trabalhos e a frase de Picasso: “A pintura não é feita para decorar moradias. É um instrumento defensivo e ofensivo contra nossos inimigos.”
1. Identificação do nível de ensino e características gerais da turma:
Minha observação foi realizada numa 6.ª série do ensino fundamental, na cidade de Porto Alegre, na zona urbana da cidade. A escola é pequena, possui 180 alunos, sendo que atende oito turmas ao todo. Pela manhã, as turmas são de quinta a oitava série e as aulas de arte ocorrem apenas com as duas primeiras séries. Além disso, a escola não possui biblioteca funcionando e também não há serviço de Supervisão Escolar, que examina alguns aspectos pedagógicos é o diretor da escola, formado em Educação Física. A turma, com 30 alunos, tem em sua maioria meninos, que demonstram gostar de fazer trabalhos de arte. São agitados, mas quando estão trabalhando parecem acalmarem-se.
2. Aspectos relativos à formação e atuação do/a professor/a (sem citar nome):
A professora não tem formação em arte e atua na área para complementar sua carga horária na escola. Formada em história, ela procura estruturar seu planejamento voltado para a história da arte e relaciona suas aulas de história com a produção artística do povo que está estudando em história. Percebi que ela se empenha em buscar materiais diversificados para as aulas, mas não tem noção de apreciação estética ou quaisquer outros conceitos que deva trabalhar em aulas de arte.
3. Caracterização do espaço de trabalho e recursos disponíveis:
Os alunos trabalham na sala de aula em que tem as outras aulas. A turma tem um período de arte por semana, contudo a professora trabalha com eles um pouco mais porque juntas as aulas de arte com as de história para render mais. Na sala de aula não há imagens de arte, apenas alguns cartazes com trabalhos de outras disciplinas. O material utilizado nas aulas é da professora. Ela compra muitos livros e argumenta que a escola já está há quatro anos sem uma funcionária ara a biblioteca e que os livros de arte que chegam à escola ficam guardados nas caixas e vão para o espaço onde deveria funcionar a biblioteca. Também há, na escola um laboratório de informática que a professora utilizou numa das aulas para contextualizar o trabalho.
4. Observação da situação de ensino-aprendizagem: A turma, pelo fato de estar tendo suas aulas de arte interligadas com as aulas de história, está estudando a arte egípcia. Assisti a duas aulas, sendo uma delas teórica e a outra o início da prática. A primeira aula, a turma foi ao laboratório de informática e pesquisou imagens sobre as pinturas feitas nas paredes dos templos egípcios. Cada dupla deveria pesquisar uma imagem e apresentar aos colegas. Conforme os alunos iam apresentando a professora ia explicando sobre a cultura e a sociedade egípcia. Para concluir a aula a professora mostrou uma fotografia ampliada das pirâmides de Gizé e explicou a função social das pirâmides para o povo egípcio. Na segunda aula, na semana seguinte, a professora propôs que os alunos construíssem uma maquete representando as pirâmides e deixou para uso dos alunos argila, placas de isopor, areia e afins para que fizessem o trabalho. Deixou-os livres e fixou na parede da sala a foto ampliada da aula anterior. Como esta aula foi articulada de forma a complementar uma aula de história, pareceu-me que os alunos compreenderam os conceitos e a importância da arte para aquela sociedade naquela época. Senti falta de uma apreciação mais profunda das pinturas egípcias como arte, não tanto como história. Percebi técnica e profundidade na apresentação do conteúdo e vi que os alunos participaram da aula com entusiasmo.
Após examinar os principais textos da área, tornou-se possível afirmar, tentando identificar os direcionamentos sugeridos para o ensino das Artes Visuais na contemporaneidade, que suas principais características são: a) buscar, disponibilizar e familiarizar imagens de diferentes fontes e matrizes culturais; b) promover visitações a acervos, patrimônios diversos e eventos culturais; c) ampliar a compreensão visual em relação ao cotidiano próximo e distante; d) atuar como mediador de saberes artísticos, estéticos e imagéticos valorizados pela cultura tradicional, saberes que foram silenciados e saberes que podem ser problematizados para questionar preconceitos e estereótipos; e) amenizar os obstáculos que atravancam o acesso e a familiarização cultural; f) analisar as imagens para pôr dúvidas nas certezas, herdadas do passado, e realçar a permanente necessidade de mudanças voltadas para novas conquistas no presente.
Uma dedução possível, após identificar tais características, é que estamos vivendo uma época de intensa proliferação do visual na qual se desenvolve, paulatina e continuamente, um processo de rechaçamento da “identidade como eu” e uma valorização da “identidade como nós”. Considero que o homo clausus, cunhado por Norbert Elias como uma invenção da modernidade, esteja, aos poucos, sendo questionado, e é provável, caso essas propostas venham a ser efetivadas, que, no lugar de um sujeito individualista, desponte um outro sujeito, mais aberto para, continuamente, questionar as interpretações sobre si, estranhando as noções familiares e os julgamentos sobre o outro, tentando tornar familiar o que parece ser estranho.
A cultura visual, como o termo sugere, entende que as interpretações visuais têm uma cultura, as quais afetam tanto o processo de produção como o de recepção. As imagens são construídas a partir de um repertório cultural, forjado no passado, e que, no presente, fixam e disseminam modos de compreender historicamente construídos.
http://www.artenaescola.org.br/pesquise_artigos_texto.php?id_m=50 Acesso em 23.05.2011, 23h14’
Pensei em fazer esta aula... Aquando a apliquei percebi que os alunos gostaram, mas não consegui fazer tudo em apenas uma aula, foi quase um mês de trabalho. Uma experiência enriquecedora!
Proposta artística contemporânea Utilização de materiais não convencionais para a construção de uma obra de arte.
Motivos da escolha desta proposta - Fazer com que os alunos percebam que a arte instituída não é apenas a clássica, que encontramos em museus ou instalações; - Mostrar que uma obra de arte pode ser feita em quaisquer lugares e com os mais variados materiais; - Contextualizar a arte com a realidade e com o cotidiano; - Proporcionar um momento de reflexão sobre a arte e de criação artística.
Desenvolvimento da proposta - Observação do documentário “Lixo extraordinário” que fala sobre a experiência do artista plástico Vick Muniz. - Análise estética da capa do DVD, que apresenta uma releitura da obra “Morte de Marat”, incluindo a questão da obra ser feita com materiais encontrado em lixões. - Pesquisa sobre as obras de Muniz. - Coleta de materiais recicláveis que posam transformar-se em arte. - Confecção de uma releitura coletiva da obra escolhida pela turma – pode ser algo que já tenha sido estudado pelos alunos. - Organização de exposição sobre a obra produzida pelos alunos.
O que o aluno irá aprender “A arte se pode descrever como conhecimento, mas é conhecimento de gênero peculiar e específico. A arte é conhecimento, ou seja, ela propicia ao sujeito apropriar-se esteticamente de um objeto, dar significado a ele.” Este trecho, retirado do livro “Desenho e construção de conhecimento na criança”, de Analice Pillar, explicita a motivação de escolha desta proposta de atividade. Todo o diálogo que será estabelecido entre o aluno, a obra de Muniz e o lixo é para demostrar a importância de conseguir observar significado e beleza nas coisas mais inusitada e inesperadas – o lixo, por exemplo. No momento em que o aluno estiver direcionando seu olhar a elementos que não observava antes estará tornando sua compreensão estética mais apurada e terá capacidade de compreender melhor a arte contemporânea, que por muitos é considerada loucura ou insanidade. Somente quando o aluno conseguir atribuir significado a arte produzida nos dias de hoje é que deixará de considerar uma obra clássica arte e uma obra contemporânea algo sem sentido. Por isso a importância de construir algo significativo com os alunos, mostrando que outros artistas famosos também fazem arte com coisa que são consideradas lixo, e que isto é arte verdadeiramente.
Dá até medo quando se fala em PCN, mas são eles que irão nortear o trabalho do professor. Algumas reflexões sobre os Parâmetros:
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) na área das Artes são a linha mestra que devem guiar nossa prática em todos os momentos. Eles determinarão a forma com que o professor organizará seu planejamento e quais os aspectos irão nortear o trabalho docente.
Por não se tratar de algo estanque e engessado eles podem ser adaptados de acordo com a realidade de cada situação de aprendizagem ou realidade em que a escola esteja inserida, deixando-o, assim, mais significativo para aquele grupo que estará “utilizando” o que os PCNs tratam. Desta forma, promovem que cada local poderá compor seu Plano de Estudos de forma que cada local explore as artes visuais, a dança, a música e o teatro da forma que melhor lhe convenha.
“Os conteúdos da área de Arte estão organizados de tal maneira que possam atender aprendizagens cada vez mais complexas no domínio do conhecimento artístico e estético, seja no exercício do próprio processo criador, pelo fazer, seja no contato com obras de arte e com outras manifestações presentes nas culturas ou na natureza.”
Além disso, o PCN de artes mostra uma visão reflexiva que prima por um ensino mais crítico que estabeleça, a todo o momento, uma conexão com as diversas áreas do conhecimento. Desta forma a arte não fica, apenas, como um momento em que o aluno exerça sua criatividade, mas como uma das possibilidades de interagir e dialogar com o mundo.
Em minha realidade creio que os PCNs da arte de arte são vistos e não são inteiramente levados em conta. Ainda percebo que muitos colegas observam a arte como uma disciplina que não reprova, que pouco ensina e que quaisquer professores – inclusive os que vão complementar carga horária – podem dar aula. Penso que no momento em que tenham o devido conhecimento do que está determinado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais em arte esta caminhada – que está apenas no início, ganhará novos adeptos.
“Apreciar uma obra de arte pode ser uma oportunidade de ampliação do olhar, da escuta e da percepção como um todo: seja ouvindo música, visitando um museu ou assistindo a uma peça de teatro ou a uma apresentação de dança, temos a possibilidade de vivenciar novas perspectivas e recontextualizar ou ampliar a forma de ver mundo e a nós mesmos.” Lições do Rio Grande – página 38
Os PCN para o Ensino Médio estão organizados da seguinte maneira: primeiro uma explanação sobre as bases legais, mostrando as Linguagens, os Códigos e suas Tecnologias - Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias - Ciências Humanas e suas Tecnologias. As artes estão relacionadas às linguagens e exploram a questão da fruição e da apreciação estética. Além disso, mostram que a contemporaneidade deve ser o foco do ensino no Ensino Médio. A grande diferença do PCN do Ensino Fundamental é a organização – não está estruturado por disciplinas, mas por categorias. Avalio que o conhecimento é privilegiado neste documento, mas não um conhecimento fracionado – prima pela união de saberes de forma que o aluno possa compreender a relação entre todas as áreas do conhecimento. Penso que o contexto contemporâneo é contemplado no PCN, principalmente na área de arte pelo fato de deixar clara a utilização das tecnologias nas aulas privilegiando a arte construída com o auxílio da informática, de vídeos e outras formas de arte contemporânea. Indo além dos PCN, e analisando o material produzido pela Secretaria de Educação do RS, é perceptível a preocupação com a desfragmentação do conhecimento. A organização dos conteúdos em blocos e a união de disciplinas como a arte, a língua portuguesa e literatura com a história fazem com que as relações entre elas fiquem cada vez mais consolidadas. O ensino por habilidades e competência fica mais objetivo e dinâmico, afinal na rotina do aluno ele não para e utiliza apenas uma área do conhecimento para resolver uma questão. A forma com que a escola tratará os conteúdos terá que servir ao aluno de forma que as habilidades necessárias para o desempenho de diversas atividades seja contemplado. E somente com a reestruturação do ensino proposta nos PCN é que isto será possível.
Achei interessante esta lista de 10 mandamentos... Creio que me ajudarao a estar em constante reflexão...
Os 10 mandamentos do professor. 1. Planeje suas aulas tendo em mente que muitas vezes este planejamento pode ser alterado. Seja flexível e criativo. 2. Procure conhecer de perto seu aluno, pois suas aulas dependem deste conhecimento prévio. Não adianta falar em alimentação saudável para aqueles que não tem o que comer em casa. 3. Faça tudo muitas vezes, repita sempre que necessário e das mais diversas formas, atento a tudo e a todos. 4. Estude muito, para poder ensinar bem. Somente quem sabe o que está falando consegue mediar o conhecimento com segurança. 5. Coloque-se no lugar do aluno quando estiver idealizando suas aulas. Pense no quanto deve ser cansativo ficar horas ouvindo e ouvindo. 6. Estabeleça prioridades na sala. A partir de onde eu começo? Quais as dificuldades mais eminentes? 7. Pesquise em várias fontes, pesquisar é a palavra de ordem. 8. Use vários métodos de trabalho, pesquisa em grupo, aulas expositivas, seminários, roda de conversa. 9. Não tenha vergonha de pedir ajuda sempre que precisar. Professor bom é aquele que jamais fica com uma dúvida para si mesmo. 10. Registre, registre e registre. O professor precisa acostumar-se a registrar as coisas boas que realiza em sala e divulgar sempre!
Também não posso deixar de comentar que, tanto n a minha prática como aluna, como na prática como professora, nunca gostei de releituras. Por inexperiência e por não compreender o conceito pensava em releitura como uma cópia de uma obra de um determinado artista. Cópia fiel, sem uma "leitura" e tão pouco re leitura... Como aluna, nunca conseguia apenas copiar algo feito por outra pessoa. Achava chato ter de repetir cores, formatos lugares. "E se não conseguir pintar com o verde que o pintor usou?" "Será que a professora vai entender que meu verde não é o mesmo?" Como professora fazia as releituras para ver a percepção dos alunos, mas não fazia reflexão sobre o que estavam produzindo. Apenas pedia que copiassem e acabava julgando os desenhos de acordo com a fidelidade de reprodução, esquecia de examinar a construção do aluno de forma ampla. Percebo que tanto nas experiências positivas quanto nos fracassos, sempre encontro traços e realizo contrapontos com minhas aulas de arte enquanto criança. É difícil dissociar o que aprendi e a forma com que aprendi de minha vivência como professora. Estarei sendo apenas uma cópia melhorada do que meus professores de artes foram papa mim?
Este vídeo é a síntese do que eu sonhava para meu futuro quando era aluna e fazia uracos com uma colher em um edaço de sabonete. São obras lindas, perfeitas, feitas por um artista que quero descobrir o nome.
Esta pergunta povoa meu pensamento... Será que serei uma professora tão dedicada como fui uma aluna tão interessada?
Fico lembrando do tempo em que era aluna, minhas responsabilidades eram apenas estudar, beber o néctar do conhecimento e refletir...
Lembro das aulas de arte quanto eram razoáveis. Sempre esperei mais, sempre quis mais. Certa vez, quando estudava em Rio Grande, tive a experiência de participa de uma aula sobre Pat Work. Estuamos vários conceitos técnicos e aprendemos a fazer a costura. Ao mesmo tempo mergulhamos na história daquele artesanato e o quanto era importante para aquelas pessoas fazer tais trabalhos. Contudo a experiência mais marcante foi em uma aula onde a professora escreveu vários nomes de artistas e pediu que cada um de nós escolhesse um dos nomes. Para combinar com Rossele, escolhi Rodin. Neste dia compreendi o que era uma escultura e entrei em contato com termos técnicos como buril, mármore, profundidade. Mas o principal e mais marcante foi à construção de uma escultura com sabão. Pude vivenciar todo aquele mundo do artista com materiais simples e de fácil manejo.
Anos mais tarde, como professora - afinal como professores também somos alunos de nós mesmos - levei para uma turma de segundo ano, uma atividade semelhante. Escolhi o artista Michelangelo, procurei uma obra literária que contasse sua vida e ilustrasse algumas obras e realizei uma contação de história. Feito isso, propus que os alunos pesquisassem sobre algumas de suas obras mais famosas: David e os afrescos da Capela Sistina. Visitamos sites de arte, observamos a Capela Sistina na internet... Foram vários momentos de aprendizagem. E, no final, realizamos o mesmo trabalho que, anos antes, realizei como aluna: fizemos uma escultura, com um sabão e uma colher!